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  • Em festival francês, cineasta denuncia o "terrorismo de barragens" no Brasil
    Um dos maiores desastres ambientais do Brasil irá ocupar a grande tela em Paris, no 45° Cinéma du Réel, um dos mais importantes festivais de documentários do mundo, que acontece na capital francesa até 2 de abril. O longa-metragem “Rejeito”, do cineasta Pedro de Filippis, é a única produção brasileira a participar da competição. O filme foi realizado após o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, em 2019, que, ao lado do rompimento da barragem em Mariana, figura entre as piores catástrofes ambientais do país. Em um duplo sentido, o título “Rejeito” evidencia, ao mesmo tempo, a gestão irresponsável dos rejeitos das barragens, mas também a rejeição como uma ausência de poder público na segurança da população local. “O filme se passa em um contexto de um território abandonado. Eu acho um tanto engraçado que a mineração chama seu lixo de rejeito, e essa conexão direta como ela trata as pessoas desses territórios, de certa forma esse abandono que a gente vê, na verdade, na América Latina em geral, nos territórios minerários. Iniciamos o filme apresentando essas definições e deixando a interpretação aberta, para as pessoas relacionarem. Ou não”, explica o diretor.     No documentário, o verbo rejeitar indica também uma ação de resistência. Uma resistência coletiva que denuncia o risco representado por tantas outras barragens, principalmente em Minas Gerais, mas também em outros locais do Brasil. “Esses territórios sofrem impactos, e são impactos psicológicos também. Um estudo aponta o aumento da venda de ansiolíticos nas regiões onde há barragens em Minas Gerais. É escandaloso: as pessoas têm que se drogar para conseguir viver debaixo dessas bombas-relógio”, alerta o cineasta. “A América Latina sofre de um processo de pós-colonialismo” Em seu filme, Pedro de Filippis aborda também os casos de deslocamentos forçados causados pela presença das barragens. “É uma prática antiga do capitalismo, não é algo particular desse caso. É o que a gente chama de terrorismo de barragens”, denuncia. “Rejeito” é o primeiro longa-metragem do cineasta, que não esconde sua satisfação por ter sido selecionado a participar do festival na França. “A América Latina sofre de um processo de pós-colonialismo, e isso está de mãos dadas com meu processo pessoal, da minha ferramenta de expressão, e eu consegui combinar essas duas coisas. Para mim é incrível, uma oportunidade linda”, comenta. “Rejeito” será exibido nesta quarta-feira (29), na Petite Salle do Centro Pompidou, em Paris, às 20h30.
    3/28/2023
    13:59
  • China e Brasil tentam reforçar elos econômicos sem esquecer desenvolvimento sustentável
    Representantes de governos, empresários, pesquisadores e membros de think tanks se reuniram Pequim para discutir a questão do desenvolvimento sustentável na relação entre Brasil e China. Os participantes se mostraram convencidos de que esse aspecto é indispensável para melhorar os elos sino-brasileiros. Silvano Mendes, enviado especial da RFI a Pequim Como melhorar as relações entre China e Brasil levando em consideração a sustentabilidade e as mudanças climáticas? Como avançar em acordos comerciais entre dois países que enfrentam desafios ambientais de peso pensando na transição para uma economia de baixo carbono? Esses foram alguns dos temas discutidos durante a conferência Diálogo China-Brasil sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada na segunda-feira (27) em Pequim.  “Lembramos que o conceito de desenvolvimento sustentável não se limita à agenda de clima e meio ambiente”, ressaltou a economista brasileira Karin Costa Vasquez. “Também trata de questões econômicas, como a produtividade e emprego decente, inovação e tecnologia, e temas sociais também, como redução da pobreza, da fome e desigualdade”, disse Vasquez, que leciona na Universidade de Fudan, em Xangai, e é pesquisadora do Center for China and Globalization (CCG), um think tank coorganizador do evento junto com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), em parceria com a Associação do Povo Chinês de Amizade com o Exterior (CPAFFC). “A relação entre o Brasil e a China tem vivido um crescimento no setor comercial e no setor de investimentos. Isso tem crescido, inclusive quando a gente olha numa perspectiva de mais longo prazo, desde os anos 2000”, avalia a pesquisadora. “Agora, com um novo momento, tanto para o Brasil, com o novo governo, quanto para a China, essa visita, acontecendo já no terceiro mandato de XI Jinping, sinaliza de forma muito clara o potencial de adensar, de qualificar as relações entre o Brasil e China. E nada melhor do que adensar e qualificar essas relações tratando de um tema tão caro para esses dois países e para o mundo, que é o desenvolvimento sustentável”, aponta. Segundo a economista, existe um interesse mútuo em integrar a questão da sustentabilidade nas relações comerciais entre Brasil e China. “A reindustrialização e modelos mais sustentáveis e inclusivos, o uso de energias mais eficientes e renováveis são diretrizes muito claras e prioridades dadas hoje para o governo [brasileiro]. E são tecnologias e áreas em que a China tem muito a oferecer também. Então é uma relação ‘ganha-ganha’ e que pode, de fato, gerar uma transformação para além dos ganhos comerciais”, resume, otimista, a pesquisadora.   Ouça a entrevista completa clicando na foto acima.
    3/28/2023
    7:06
  • Carvão é o único longa-metragem brasileiro de ficção em disputa no Cinélatino de Toulouse
    Entre os quatro representantes brasileiros que concorrem a prêmios na 35ª edição do Cinélatino, o festival de cinema latino-americano de Toulouse, está o longa-metragem Carvão (2022), o primeiro da cineasta paulista Carolina Marcowicz. O filme teve a sua estreia francesa durante o evento, que acontece até domingo (2) no sul da França, reunindo mais de uma centena de produções de diversos países. A RFI Brasil conversou com a diretora e a atriz principal, Maeve Jinkings.  Maria Paula Carvalho, enviada especial da RFI a Toulouse  Desmistificando a ideia de que as áreas rurais são pacíficas, em contraposição à violência das metrópoles, Carvão apresenta ao espectador uma situação-limite que se passa numa decadente carvoaria do interior de São Paulo, onde uma família vive com dificuldade de seu comércio. A vida deles muda quando uma enfermeira oferece um acordo insólito: matar o patriarca e hospedar em seu lugar um traficante argentino que precisa se esconder.  “O filme tem momentos de thriller, de suspense mas também é um drama com um humor ácido”, explica a diretora Carolina Marcowicz. “Eu cresci no interior, em Bragança Paulista, e eu acho impressionante como as cidades pequenas têm esse viés conservador que te pressiona a casar, ter filhos, ficar vigilante sobre a vida alheia. Mas isso causa uma pressão interna muito forte e as coisas acontecem do mesmo jeito, só que na surdina”, diz. “O filme é sobre essas convenções externas que fazem com que as pessoas vivam a verdade delas de outra maneira e o quão violento isso pode ser”, explica.  "Flexibilidade moral" No papel da personagem Irene está a atriz Maeve Jinkings, já vista em filmes como O Som ao Redor (2012) e Aquarius (2016). “A Irene vive com sua família, carregando nas costas todas as demandas da propriedade, dos animais e do pai, que está numa condição de extrema fragilidade, enquanto o marido é mais relaxado. E eu acho que ela vive uma vedade conveniente”, acredita Jinkins. “Ela sabe que essa proposta traz um tipo de violência, mas maquiada de um altruísmo. Afinal de contas, ela vai fazer isso para ajudar outra pessoa e porque o pai está em sofrimento. Então, o filme fala dessa flexibildiade moral. Em nome de que supostos valores altruístas você está fazendo isso?”, questiona a atriz.   Carvão, uma coprodução entre Brasil e Argentina, estreou em competição no Festival de Toronto, em 2022, e ganhou dois prêmios no Festival do Rio, no mesmo ano: melhor roteiro e melhor atriz coadjuvante para Aline Marta. Em Toulouse, o filme concorre com outros dez longas-metragens, que representam 14 paises.   “Eu não sei dizer se estou com expectativa, mas já estou muito feliz de estar aqui em competição”, comemora a diretora Carolina Marcowicz. “Eu gosto muito deste festival, já estive aqui com um curta-metragem. Tenho muito carinho por tudo que o festival fez pelo filme. Eu espero que ele seja apreciado e cause boas reflexões”, completa.   Para Maeve Jinkings, apesar de se passar numa cidade pequena do interior paulistano, Carvão tem a capacidade de tratar de temas universais. “Eu acho que o mundo vive um pouco essa crise e, como intérprete, foi algo que me interessou muito no roteiro da Carolina, me fascinou como ela colocou a família no centro desse debate e como um motor de violência”, analisa. “É um filme que sususcita emoções muito distintas e que mistura momentos de humor e outros momentos muito pesados”, completa. “A gente achou muito interessante as reações das pessoas durante a sessão, pois há várias pessoas que se relacionam com esse momento do mundo, quando há tantas falácias do ponto de vista religioso, que conseguem justificar tudo, como existe um altruísmo ao contrário para justicar coisas que são injustificáveis”, conclui.
    3/27/2023
    5:45
  • Samuel Rocha mostra evolução do chorinho no 19° Festival Internacional de Choro de Paris
    O violonista, compositor e arranjador Samuel Rocha veio especialmente do Brasil para participar do 19° Festival Internacional de Choro de Paris que começa nesta sexta-feira (24). Referência na cena do choro e da música instrumental do Ceará, ele lança o disco “Bordando o Sete”, acompanhado pelos músicos Felipe Bastos, bandolim, Tauí Castro, pandeiro, e Paulo Maurício, clarinete. O Festival Internacional de Choro de Paris, dirigido por Maria Inês Guimarães, acontece até o próximo domingo (26) na Casa do Brasil da Cidade Universitária, propondo shows, oficinas e rodas de músicas, encontros e conferências. Samuel Rocha ministra oficinas e faz seu show no sábado (25). “Participar do Festival de Choro de Paris, que é muito conhecido no Brasil, e estar representando não só a música brasileira, mas a música nordestina, é um motivo de muita felicidade”, diz o compositor. “Bordando o Sete” é o primeiro trabalho solo de Samuel Rocha. O disco é composto por oito músicas autorais, que dão protagonismo ao violão de sete cordas, o instrumento de Samuel Rocha. O “bordando” do título é uma referência ao “bordado, a costura” que o violão de sete cordas faz paralelamente a melodia. "Tem a música principal, o tema principal acontecendo e o paralelo a tudo isso, eu estou fazendo os meus bordados, eu estou costurando as frases com outra melodia paralela à melodia principal”, explica. Mas a improvisação, que faz parte da alma do choro, também está presente tanto no CD quanto no show Evolução e modernidade O protagonismo do violão de sete cordas, que normalmente não é um instrumento de solo no choro, é uma nova tendência do estilo musical. Essa evolução não incomoda Felipe Bastos ou Paulo Maurício, que tocam respectivamente bandolim e clarinete, que tradicionalmente são instrumentos de solo no chorinho. “Tem momentos que ele aparece um pouco mais, mas tem momentos que é o bandolim, o solo, tem momentos que é o clarinete. Então, ficou uma mescla muito legal nesse CD porque todo mundo tem um pouco de protagonismo, entendeu? O violão de sete cordas tem essa modernidade hoje de também ser solista”, poderá Felipe Bastos. Paulo Maurício concorda, dizendo que também faz os seus “bordados” com a sua clarinete no show. Além de tocar pandeiro, Tauí Castro também é produtor e pesquisador do choro. Ele confirma que “uma das características do choro é essa constante mudança. A gente não pode pensar que o choro está cristalizado numa forma fixa ou naquela imagem em preto e branco que a gente vê nos filmes ou nas novelas de antigamente”. Turnê europeia A participação no Festival Internacional de Choro é apenas uma das etapas da turnê europeia dos quatro músicos, que já se apresentaram em Colônia, na Alemanha. Depois de Paris, seguem para as cidades francesas de Palaiseu, Albertville, Toulouse e Strasbourg. A turnê é resultado de um intercâmbio iniciado em 2022, durante o VI Seminário Euro-brasileiro de Choro, realizado em Fortaleza. O evento reuniu músicos brasileiros e europeus em oficinas, concertos e rodas de choro com o objetivo de divulgar o gênero musical brasileiro no exterior. “Perceber o amor que os europeus têm pela nossa música brasileira (...) nos motiva ainda mais para, ao voltar para o Brasil, continuar esse trabalho de fomento. É muito mais do que tocar. A gente tem essa obrigação de voltar e continuar reforçando e valorizando ainda mais essa nossa música brasileira”, salienta Samuel Rocha. Tauí Castro completa dizendo que o choro, primeiro ritmo urbano genuinamente brasileiro, não é uma “música de massas” e “carece muito de políticas públicas para o seu fortalecimento. (...) Ele ainda precisa de muito investimento público e eu acho que a gente está num momento propício para isso nesse novo governo”. Clique na foto principal para ver a entrevista completa e a interpretação da música “Aquiles na Gafieira”, uma das faixas do disco “Bordando o Sete”, de Samuel Rocha.
    3/24/2023
    10:59
  • Semana da Francofonia: Olimpíadas de Paris ajudam a promover a língua francesa no mundo
    A semana da Francofonia 2023 é celebrada nesse momento em todo o mundo. Em entrevista à RFI, Katia Chalita, presidente da Aliança Francesa do Rio de Janeiro e vice-presidente da federação das Alianças Francesas do Brasil, que são um importante instrumento de difusão da língua e da cultura francesas, fala sobre a presença e a importância da francofonia do Brasil. Ela também ressalta a importância dos Jogos Olímpicos de Paris em 2024 para promover o francês. Com a colaboração especial de Jonas Duris A língua francesa é o idioma oficial de 29 países, mas está presente em mais de 36 nações, de todos os continentes, representadas na Organização Internacional da Francofonia (OIF). É a quinta língua mais falada do mundo. Todos os anos, uma vasta programação promove a diversidade das culturas francófonas.  A celebração acontece em torno dia 20 de março, que é oficialmente o Dia Internacional da Francofonia. O tema deste ano é “321 milhões de francófonos e milhares de conteúdos culturais”. O calendário e a programação variam de um país para o outro. No Brasil, o “mês” da francofonia acontece em várias cidades do país e culmina com a “Mostra de cinema da francofonia”, do dia 23 a 29 de março. Aliança Francesa Em 2023, a Aliança Francesa (AF), uma das maiores ONGs culturais e das principais estruturas de divulgação do francês no mundo, comemora 140 anos. A primeira Aliança Francesa no exterior foi fundada no Rio de Janeiro em 1886. Katia Chalita ressalta a importância dessas associações para promoção da francofonia: “(A Aliança Francesa) ensina língua, mas ela ensina uma língua totalmente contextualizada. (...) Tem apresentações culturais, manifestações culturais, debates de ideias, exposições, teatro, cinema, arte, música. Esse conjunto todo no qual a Aliança Francesa desenvolve o seu trabalho acaba sendo uma referência da língua e da cultura francesas”. “Houve um recuo ao longo dos últimos anos, um recuo indissociavelmente ligado a toda a questão do posicionamento do francês no mundo”, aponta Katia Chalita. Em 2021, em plena pandemia, os eventos ocorreram exclusivamente online. Segundo a presidente da Aliança Francesa do Rio de Janeiro, isso facilitou o acesso ao ensino ao redor do mundo. “Indo para o (ensino) remoto, a nossa chance de atingir as pessoas se torna muito maior”, comenta. Olimpíadas de Paris 2024 Katia Chalita destaca, durante essa semana da francofonia, a visita ao Brasil de Éric Monnin, embaixador das Olimpíadas de Paris 2024. “Ele falou para o público brasileiro sobre os valores olímpicos, sobre a origem do olimpismo, e mostrou o quanto a cultura francesa e, sobretudo, a língua francesa, estão intrinsecamente ligadas ao olimpismo e aos Jogos Olímpicos, ao espírito olímpico”, lembrou. Os Jogos Olímpicos de 2024 serão disputados, em Paris, entre os dias 26 de julho e 11 de agosto, e o Brasil espera contar com pelo menos 302 atletas, como nas Olimpíadas de Tóquio em 2021. Atualmente, o número de atletas brasileiros classificados é de 19. Katia Chalita vê nesse evento histórico a oportunidade de promover a francofonia, e reforçar o vínculo cultural entre Brasil e França através da ajuda das Alianças Francesas do Brasil: “A preparação é uma coisa importante para nossa Aliança Francesa, que é a preparação linguística em termos de habilidade linguística, de todo mundo que está indo para lá: atletas, preparadores, equipes e delegações. (...) E por que não as equipes chegarem lá e agradecerem em francês pelas medalhas ganhas?”
    3/23/2023
    9:42

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